Confiança 2.0
Nos
últimos anos o comércio eletrônico brasileiro teve significativo crescimento. A
população incentivada por promoções atrativas passou a olhar para esta fatia de
mercado com outros olhos, e seu consumo aumentou, mas mesmo assim as compras
pela internet ainda precisam evoluir em números e principalmente na qualidade
pós-vendas. A questão da segurança e
confiança do consumidor é o que mais o limita e realizar mais transações, mas
não o impede, pois só nos primeiros seis meses deste ano foram realizados cerca
de 25 milhões de pedidos em pesquisa
realizada pelo Webshoppers, a pesquisa apontou também que 81% dos internautas
acessaram a internet com a finalidade de realizar alguma compra e 70% se sentem mais seguros atualmente para
realizar suas compras pela internet.
Mas a
questão da segurança é um fator muito relativo, que envolve não só a mente do
internauta, mas também aspectos técnicos, pois é de conhecimento de todos que a
rede da internet é muito vulnerável, e se o computador não tiver uma boa
proteção contra isto (um antivírus) a chance de sofrer algum dano é maior, por
isso é preciso se precaver a primeiro nível tecnologicamente (isto vale não só
para os usuário como também para os web sites que oferecem serviços de compras).
Atualmente existem sites de compras que contam com selos de certificação de
segurança digital, o que um fator positivo para o consumidor que o remete ao pensamento de que aquele site de compras é
realmente confiável. Mas tudo isso ainda
não é o suficiente para conquistar sua confiança, é preciso criar uma reputação
utilizando produtos e serviços de marcas com notoriedade no mercado,
proporcionar diversas opções de pagamento bem como uma boa assistência
pós-vendas ao cliente, esta última é um dos maiores desafios.
Muitos
clientes se decepcionam nisto, pois ao comprarem o produto o mesmo não atinge sua real expectativa, e quando ele
precisa contatar a empresa acaba tendo muita dificuldade por conta dos canais
de comunicação disponíveis, que em geral são por meios eletrônicos, ou seja ,
ele precisa abrir uma ocorrência formal e aguardar uma resposta. As empresas de
e-commerce vem trabalhando para aprimorar esta questão de pós-vendas para assim
dar um retorno breve ao cliente, mas nem sempre isto é possível, tal como
pode-se verificar em diversos sites de reclamações virtuais, onde há lojas
virtuais que estão no ranking de reclamações, é preciso olhar atentamente ao
cliente e procurar solucionar o seu problema o quanto antes e assim mostrar que
uma empresa virtual pode ser tão competente quanto uma loja física, pois muitas
vezes os preços e as condições de pagamento são muito mais atrativos e
favoráveis do que em estabelecimentos comerciais, o que é um fator positivo,
mas ao mesmo tempo, ainda deixar prevalecer a desconfiança do consumidor, que
acha a oferta em questão ‘boa demais para ser verdade’. Por isso as empresas virtuais devem pensar em
estratégias eficazes para atrair e fidelizar o seu cliente. De que forma? Vendendo produtos de qualidade, de marcas
consolidadas no mercado, oferecer melhor custo beneficio, deixar claras as
regras e restrições de uso dos produtos, este último fator é o que muitas vezes
acaba sendo ignorado pelo cliente, quando deveria ser o principal ponto de
análise dele antes de efetuar sua compra. Portanto vemos que não basta apenas o
site oferecer estrutura, é preciso que o cliente também se atente as regras do
jogo e faça sua parte também, pesquisando e procurando conhecer a empresa
virtual e sua idoneidade, isto pode ser feito por meio de sites de busca e até mesmo em sites de reclamações virtuais.
Um consumidor consciente e devidamente orientado, é mais interessante e
conveniente para as empresas e-commerce do que um consumidor frustrado e
insatisfeito.
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