domingo, 8 de fevereiro de 2015

Entendendo a Operação Lava Jato

Entendendo a Operação Lava Jato

Diariamente se ouve nos telejornais sobre a “Operação Lava a Jato” que investiga  um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a soberana e Petrobras junto com seus diretores , funcionários do alto escalão, empresários  e partidos políticos (PT,PMDB e PP). O nome desta operação se dá porque a quadrilha utilizava de postos de gasolina e lavanderias como estabelecimentos de “fachada” para inserir de forma licita o dinheiro que era movimentado nos bastidores pela contratação de empresas para prestação de serviços diversos.


Segundo a investigação realizada pela PF, eram as diretorias da Petrobras que articulavam os contratos com as empresas/empreiteiras para assim receber em troca a propina que era direcionada então aos principais executivos da organização e aos partidos políticos.  Os nomes mais citados nesta operação são do doleiro  Alberto Youssef. Em suma o trabalho do doleiro é comprar e vender dólar de forma irregular no mercado paralelo, e inserir este dinheiro no mercado como licito. Em quase todos os esquemas de corrupção eles estão envolvidos


A operação iniciou em 2014, porem suspeita-se que seja uma prática que perdura por anos nos bastidores do governo.  Paulo Roberto da Costa , responsável pela diretoria de Refino e Abastecimento, seu principal feito nesta história é a participação ativa na compra da refinaria Pasadena localizada no Texas, suspeita-se de superfaturamento na compra da mesma (apenas suspeita ou realidade ???) Tanto Costa quanto Youssef estão presos e foram contemplados pela delação premiada, ou seja se cooperarem com a investigação poderão ter sua pena amenizada de alguma maneira.


Dois outros nomes são citados regularmente neste processo, sendo estes de Graça Foster ex-presidente que sob a pressão da investigação renunciou seu cargo da Petrobras, e Venina Velosa Fonseca funcionária que afirma ter comunicado `à  Graça  todo o esquema de fraude envolvendo a estatal. Estima-se todo este esquema tenha movimentado por alto R$ 10 bilhões de reais.

Em meio a tudo isso, a Petrobras ( que diz ser que o Petróleo é de todos nós ) vê seu império desmoronar e suas ações despencarem mais de 40% e a perspectiva do mercado ainda é que nem seja distribuído dividendo a seus investidores neste ano, isto numa manobra de manter o reinvestimento e o caixa da empresa.


O impacto deste escândalo teve proporções mundiais, o que afetou diretamente a imagem, perenidade do País bem como a segurança nos investimentos feitos nos papéis da petroleira. Muitos fatos ainda estão por vir, e num ano economicamente difícil para o País um escândalo destas proporções realmente não favorece a política econômica externa e novos investimentos.  Assim resta apenas aguardar que cada laranja podre deste pomar seja devidamente descartada, e assim os investidores e os próprios brasileiros possam retomar a confiança nesta organização que é de suma importância para todos, e tem um papel importante no mercado financeiro e petrolífero.



 


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Resenha: Economia zona do euro X Inflação no Brasil

 
 
 
Muito se  discute nas rodas  de  conversas informais publica-se nos jornais sobre  economia europeia. Abordarei nesta resenha especificamente a Itália, o que me chamou atenção uma matéria divulgada no jornal Il Messaggero (ROMA) neste dia 5 de Fevereiro. O titulo da matéria relacionada ao caderno de economia é: “Economia, la Commissione europea: Pil italiano in crescita dello 0,6% nel 2015  traduzindo “A Comissão Européia prevê um crescimento, e projeta um PIB  de 0,6% em 2015” que virá reforçado pela alta nas exportações e no consumo/demanda internos.  Mas ainda assim  o mercado econômico italiano deve se preparar para um crescimento negativo, que será carregado pela queda no valor do petróleo e a demanda da economia local que permanecerá fraca.
 
A taxa de desemprego na Itália hoje está na casa dos dois dígitos em 12,6% (uma queda quase imperceptível  de 0,02%) quando comparada ao ano anterior. O Plano de Investimento da Comissão Européia prevê injetar na economia 60 bilhões de euros ao mês na compra de títulos públicos e privados, como uma ação emergencial para girar a economia, principalmente da Itália e Grécia, países que estão em uma situação financeira menos favorável se comparado as outras nações que compõe o bloco europeu.
 
Os países da zona do euro buscam se reerguer da má fase financeira que os acompanha desde 2011, advinda de uma crise global de impactos e proporções mundiais. As principais causas desta crise se devem ao endividamento público e também por falha nas práticas econômicas da política europeia.


Enquanto isso, do outro lado do continente, na República Federativa do Brasil, o PIB já está em sua  5ª previsão é projetado em 0,03 % para 2015.  Ainda que em proporções diversas, o País vem enfrentando uma situação econômica instável devido a inflação acima da média e para este ano chega na projeção de 7%. Em 2014 a inflação foi de 6,5% o mesmo percentual de quanto estourou a crise de 2011. A consequência disso é que o cidadão brasileiro sente na "pele" e no "bolso" os impactos de uma inflação elevada e taxas de crescimento que deixam a desejar.
 
 
Contudo, é notável que a Itália ainda apresenta uma situação difícil economicamente, principalmente no mercado de trabalho, mas ainda assim a expectativa é que a república italiana possa se recuperar e sair com dignidade desta crise financeira, e ainda assim eles possuem um fator positivo que nós brasileiros não temos hoje: água.